segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Relatório de Estágio Pedagógico em Filosofia. Escola Secundária de Napipine - Nampula. 2015

Índice

 


Lista de Abreviaturas

EP1­ Ensino Primário do Primeiro Grau
EP2­ Ensino Primário do Segundo Grau
E.S.N­ Escola Secundária de Napipine
PEA- Processo de Ensino e Aprendizagem

Declaração de Honra

Declaro que este trabalho é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu Supervisor, o seu conteúdo é original e todas fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia final. Igualmente, declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para a obtenção de qualquer grau académico.

Nampula, 15 de Julho de 2015
_______________________________________
(Sílvio Almirante)








 

 


Agradecimento

Este ano de estágio não teria sido possível realizar, sem o auxílio e acompanhamento de algumas pessoas que considero serem merecedoras do meu sincero agradecimento.

À minha mãe Margarida da Silva; ao meu tio Basílio da Silva; aos meus irmãos: Renata, Hermenegildo, Mariamo, Letícia e Douglas. E aos demais familiares, pela educação que me deram, pelos princípios e valores que me fora transmitindo ao longo dos anos, e que fizeram de mim o que sou hoje.
Aos meus alunos, pela colaboração, simpatia e educação demonstradas. Pelos bons e maus momentos, pois todos eles nos fazem crescer e aprender.


Resumo

Este trabalho consiste na elaboração do Relatório Final do Estágio Pedagógico como parte integrante e conclusiva da licenciatura em Ensino de Filosofia realizado na Escola Secundária de Napipine – Nampula, cujo objectivo é descrever como foi a transmissão das competências adquiridas ao longo dos três anos na carteira. Igualmentecomunicar que a aprendizagem na 11ª classe, Turma B2do ano de 2015, onde o estudante esteve a efectuar o seu estágio foi significativa, pois conforme os resultados obtidos não somente a partir dos testes realizados, como também, na relação “professor e aluno” foi caracterizada por um “diálogo”, este proporcionado muitas vezes pelo próprio esforço do estagiário, uma vez que, a Filosofia é um diálogo comunicativo, onde em nenhum momento deve-se fazer um ‘monólogo’ na sala de aula. Ora, não foi fácil no primeiro dia de aula encarar o “ensino de filosofia” perante a turma pela primeira vez, porque havia o risco de não transmitir as ‘competências filosóficas’, mas sim, ‘ensinar as ideias de História do Pensamento Filosófico’. Todavia, a filosofia sendo uma maneira de dialogar (comunicação) sobre os problemas da História da Filosofia e do quotidiano em geral, os alunos juntamente com o professor (estagiário) chegaram de discutir as possíveis sugestões ou soluções de como resolver e encarrar tais problemas durante as aulas, como modo de colher informações sobre a transmissão das competências entre os elementos do Processo de Ensino e Aprendizagem (professor, aluno e conteúdo).
Palavras-chave: Estágio Pedagógico; Professor; Alunos; Ensino Aprendizagem; Competências.

















Introdução

O Estágio Pedagógico em Filosofia desenvolveu-se na Escola Secundária de Napipine, na província de Nampula, noano lectivo de 2015 no segundo trimestre do Ensino Secundário Geral e tendo como objectivo favorecer a integração e consolidação, no contexto da prática pedagógica, os conhecimentos teóricos adquiridos desde o 1º ao 4º ano do Curso de Licenciatura, através de uma prática docente supervisionada e orientada, com vista à profissionalização de professores de Ensino de Filosofia competentes.
Este relatório está estruturado em três capítulos, ao longo dos quais se apresenta os conceitos teóricos de Estágio Pedagógico (capítulo I); actividades desenvolvidas no Estágio Pedagógico (capítulo II);actividades de Ensino e Aprendizagem (capítulo III) e experiências adquiridas, dificuldades encontradas (capítulo IV). A intenção é descrever e reflectir sobre as actividades desenvolvidas ao longo do segundo Trimestre do ESG, pretendendo-se realizar uma avaliação de todo o trabalho desenvolvido e os conhecimentos adquiridos.
As principais competências profissionais a desenvolver enquanto professores estagiáriossão: o Planeamento, Realização e Avaliação. O conhecimento adquirido, as dificuldades sentidas, o impacto do estágio na realidade escolar e a análise e perspectiva da formação inicial e contínua, foram também abordados de uma forma crítica e reflexiva.
O perfil do professor aponta para alguém competente, que reflecte sobre a sua prática e que actua sobre ela, reajustando o ensino às necessidades dos alunos. O Estágio Pedagógico está orientado nesse sentido, mostrando-se uma óptima oportunidade de aprendizagem e promotora da aquisição e desenvolvimento de competências profissionais e pessoais, de atitudes proactivas na identificação e resolução de problemas pedagógicos, por forma a constituir o ponto de partida para uma futura integração no mercado de trabalho na área da docência de Ensino de Filosofia.
Para a realização deste trabalho consistiu na leitura crítica e interpretação dos livros citados no corpo do trabalho e na bibliografia final do mesmo. Portanto, o trabalho estrutura-se do seguinte modo: resumo, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia respectivamente.


CAPÍTULO I: CONCEITOS TEÓRICOS DE ESTÁGIO PEDAGÓGICO E LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE NAPIPINE

No início deste longo período de aprendizagem existiam muitas expectativas e receios em relação ao Estágio, à realidade escolar que iríamos encontrar, aos alunos e aos restantes professores. No entanto perspectivou-se que o ano de Estágio seria um ano de muito trabalho, mas com o forte contributo na obtenção de competências pessoais e profissionais para o desempenhar de uma futura função como professora de Filosofia.
O Estágio Pedagógico mostrou-se uma óptima oportunidade de aprendizagem, favorecendo um melhor espírito de trabalho individual, mas também em grupo, atitudes proactivas na identificação e resolução de problemas de nível pedagógico, capacidades de leccionação e a integração dos conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso de Licenciatura.

1.    Estágio Pedagógico: o que é o Estágio?

Estágio é um acto educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de estudantes que estejam frequentando o ensino regular em instituições de Ensino Superior.
Segundo Nóvoa (1992: 23) o estágio pedagógico constitui um processo de formação que visa o desenvolvimento de competências dos licenciandos no âmbito da prática pedagógica na sala de aula, numa perspectiva de aperfeiçoamento profissional, nos domínios científico, didáctico, pedagógico e político.
Assim, o Estágio Pedagógico é uma prática de carácter pedagógico, que promove a aquisição de competências profissionais, desenvolve habilidades, hábitos e atitudes. Todo estágio é curricular, ou seja, deve contribuir com a sua formação profissional e pode ser obrigatório para a integralização do curso, ou não-obrigatório caracterizando-se como uma formação complementar.
Segundo Nóvoa (Idem: 25) “o estágio realiza-se de acordo com os princípios pedagógicos da interculturalidade e da transdisciplinaridade”. Assim, o estágio deve:
ü  Constituir para os académicos uma experiência pessoal e profissional formativa, gratificante e enriquecedora, desenvolvendo o gosto por ensinar e a identificação com a profissão de professor;
ü  Valorizar a prática docente de acordo com as diferentes actividades da escola, desenvolvendo competências em todas as dimensões da profissão de professor (pesquisador, gestor, orientador pedagógico, agente comunitário etc.);
ü  Articular as actividades específicas do estágio com o projecto político pedagógico intercultural;
ü  Promover o conceito de professor como profissional crítico, político, comunitário, empenhado em avaliar a sua prática, em investir em sua formação, em ser criativo, inovador.

1.2.  Historiografia da Escola Secundária de Napipine

A escola secundária de Napipine foi fundada em 1986, posteriormente, inaugurada em 1988 pela Ministra de Educação na altura a Graça Machel. A Escola Secundária deNapipine é uma instituição de Ensino Secundário Geral, cuja orienta-se aos escritos do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. A génese do seu funcionamento foi em 19 de Janeiro de 2004.
Primeiramente esta instituição funcionou como uma EP1, e no ano seguinte (1988), ascende a categoria de EP2, na mesma altura funcionou como Instituto Médio Pedagógico (IMP),apenas no período de manhã. Devido ao efeito da natureza do próprio homem, a escola ficou degradada, e veio a ser reabilitada pela mCel (Moçambique Celular), em parceria com as TDM (Telecomunicações de Moçambique), em 2003 a 2004. Igualmente depois da sua reabilitação, a escola eleva a categoria de Escola Secundária, tendo iniciado com catorze (14) turmas da 8ª classe, sendo oito (8) turmas do curso diurno e as restantes seis (6) no curso nocturno. A escola já contou com salas anexas no distrito de Murrupula, albergando duzentos (200) estudantes acompanhados por oito (8) docentes.
Durante o processo de transição de ano, a escola recebia alunos graduados da EPC de Napipine, Murrapaniwa, distrito de Rapale, Cerâmica e outras instituições de ensino da cidade de Nampula. Ela foi construída com material convencional, começou a funcionar com um bloco constituído por cinco salas de aulas, uma secretaria, uma direcção.

1.3.  Localização Geográfica da Escola Secundária de Napipine

A Escola Secundária de Napipine localiza-se no posto administrativo do mesmo nome, na cidade municipal de Nampula, na área da missão católica do São Pedro com as seguintes coordenadas geográficas: 
ü A Norte da escola situa-se a Escola Primária Completa de Napipine;
ü A Noroeste situa-se o Centro de Saúde de Napipine;
ü Ao Oeste situa-se a Universidade Pedagógica, delegação de Nampula;
ü A Noroeste a Igreja de S. Pedro;
ü A Sul a parcela do bairro. 

1.4.Estrutura da Escola Secundária de Napipine

A escola tem vedação, dentro do recinto escolar há um pátio onde os alunos se recreiam durante o intervalo. No recinto escolar há uma Bandeira da Republica de Moçambique e um mapa de Moçambique desenhado no pátio. Dentro escolar não há campo de futebol pelo menos os alunos praticam desporto, não só, mas também a salão para pratica de educação física.
Dentro da escola existe quatro blocos de salas de aulas, o primeiro bloco é composto por quatro salas de aulas, uma de informática e uma sala dos professores cujo neste encontramos também a secretaria da escola.O segundo bloco de aula é composto por três salas de aulas, o terceiro bloco é composto por seis salas, e o quarto e ultimo bloco é composto por sete salas de aulas.
Ainda observamos a existência do sector pedagógico do segundo ciclo (11ª e 12ª classes), separado do primeiro ciclo (8ª e 10ª classes). Existe um sector administrativo, uma sala de informática, duas casas de banho (onde os professores e os alunos usam as mesmas sem separação e muito menos a distinção).
Existem latas para lixo, plantas (acacieras),uma biblioteca, dezanove quadros pretos, as portas das salas de aulas são de madeira, porem a porta do sector pedagógico, a da secretaria e a da sala de informática são as que estão gradeadas, existe ar condicionado (simplesmente na sala de informática), existe janelas nas salas de aulas por fim, existem um tanque de água.

1.5.Caracterização da Sala de Aula: 11ª Classe Turma ‘B2’ curso Diurno

O objectivo neste subtema é descrever a sala de aula ou a turma onde foram leccionadas as aulas durante o período de Estágio Pedagógico na Escola Secundária de Napipine.
Ao entender de Estrela (2002:41), “turma é um grupo formal que obedece a características especiais. O grupo não se constitui de forma voluntária, os alunos não se escolhem entre si nem escolhem os seus professores”.
A turma “B2” da 11ª Classe, onde foram leccionadas as aulas, era composta por 109 alunos. A turma, está organizada de forma usual, isto é, cinco filas de carteiras e cada fila contendo cinco carteiras voltadas para frente onde se encontra a secretaria do professor e o respectivo quadro preto. Esta maneira ajuda o professor a controlar a turma, apesar de se verificar certas conversas principalmente os alunos que se sentam nas carteiras detrás.



CAPÍTULO II: ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO PEDAGÓGICO

2.    Descrição das Actividades Desenvolvidas

Durante o Estágio Pedagógico foram desenvolvidas competências necessárias, que um professor deve adquirir, para uma adequada condução do processo de ensino e aprendizagem. O trabalho que leva à aquisição dessas mesmas competências é um trabalho desenvolvido durante o ano lectivo e dirigido a uma só turma. Junto desta, foram aplicados os conhecimentos adquiridos anteriormente consoante a situação e o momento em que os mesmos eram necessários.
Nem todos os conhecimentos adquiridos se tornaram aplicáveis e muitos dos mesmos tiveram de ser, em parte, adequados à realidade escolar e, mais especificamente, à turma em questão. Assim, esta descrição divide-se em dois grandes pontos:
ü Planeamento;e
ü Avaliação;
A “Planificação é um processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego dos meios materiais e dos recursos humanos disponíveis, a fim de alcançar objectivos concretos, em prazos determinados e em etapas definidas, a partir do conhecimento e avaliação da situação original” MARTINEZ & LAHORE (1977:11).
De um modo geral, a planificação é e tem sido sempre uma actividade conatural para todos os homens, na medida em que se aspira a determinados fins e se selecciona os meios necessários para alcança-los, visto que cada dia que passa a sociedade vai se tornando cada vez mais complexas.
A planificação, enquanto propósito de ensino e aprendizagem, situa-se numa dimensão temporal que abrange uma série de operações: diagnóstico prévio da realidade em que vai se operar, determinação dos objectivos, escolha de recurso e métodos mais apropriados, organização de uma série de actividades e experiencias e determinação de uma sequência e tempo de execução e, existem, assim, por unidades temporais, diferentes tipos de planificação que servem de variadas finalidades, nomeadamente: a planificação anual, trimestral, de unidade, semanal e diária (PACHECO, 2001: 108).
ü Planificação Anual tem como principal finalidade estabelecer o conteúdo geral partindo do programa neste aspecto, consiste na programação dos alunos e da experiencias acumuladas em anos anteriores) e seleccionar os recursos a utilizar num período de tempo ao longo prazo em que se procura adaptar um dado currículo a uma situação concreta e identificada com a escola e os alunos. Consiste numa gestão de unidade didácticas em que um programa se divide, tendo em atenção não só o tempo curricular sugerido bem como o tempo que resulta da adaptação do programa à escola e aos alunos.
ü Planificação Trimestral é uma calendarização a médio prazo dos conteúdos programáticos, objectivos, actividades, recursos e avaliação em função das alterações expostas pelo contacto directos com os alunos, pelas limitações do tempo, derivadas do calendário escolar, e pelos recursos disponíveis.

ü Planificação de Unidadeé de igual modo calendarização a médio prazo que procura estabelecer uma sequência das experiencias de aprendizagem, apresentando de forma compreensiva e integrada os conteúdos em articulação com os objectivos, as actividades os recursos e avaliação, a um nível apropriado com base no conhecimento especifico das capacidades e interesses dos alunos no tempo determinado aquando da programação ou da planificação anual. Procura-se fundamentalmente organizar de forma sequencial e estruturada num conjunto de aulas enquadradas na mesma unidade temática.

ü  Planificação Semanal:visa especificar as actividades diárias, ajustando as interrupções (dos professores e alunos) e necessidades especiais, mantendo a continuidade e regularidade. Na base destas operações está o conhecimento das actividades dos alunos durante os dias e as semanas precedentes, a interrupção do calendário escolar e a disponibilidade dos recursos.

2.1. Planeamento das Aulas

A planificação é o momento gratificante de toda actividade de ensino e aprendizagem, pois é uma previsão daquilo que vai suceder na sala de aula. Portanto, para que a transmissão dos conteúdos seja eficaz e segura, o professor deve planear o que vai transmitir.

Segundo, RIBEIRO (1999: 34) os modelos de organização curricular disponíveis não existem, na prática, sob formas “puras” e estão sujeitos a evolução ou adaptações, permanecendo sempre a hipótese de invenção de novos tipos de estrutura curricular, em função das realidades concretas do ensino. Em especial, tendo em conta limitações e vantagens inerentes a cada um dos modelos disponíveis, pode ser benéfico e equilibrado utilizar diferentes estruturas.

O planeamento constituiu a competência profissional a desenvolver mais actividade docente, sendo assim fundamental a sua realização uma vez que o processo de ensino e aprendizagem não assenta em acções pedagógicas planeadas individual e isoladamente da realidade do aluno e sua identidade, ou de aula para aula, ou improvisadas no próprio momento de aula.
Para o planeamento existe um guia orientador, como são os Programas de Ensino Nacional. Estes Programas embora sejam o principal aspecto a ter em conta, não poderá ser o elemento máximo da planificação dadas as adequações necessárias, contemplando as limitações do meio social e escolar. O professor (estagiário) de Filosofia tem o programa da disciplina, conhecido como “Programa de Introdução à Filosofia do II Ciclo”. Este que é o guião orientador de toda actividade de ensino, não obstante que, o professor deve ser um artista, um inovador que faz adequar o ensino com a respectiva realidade do aluno.
Segundo Bento (1998: 67), “a aula constitui o verdadeiro ponto fulcral do pensamento e da acção do professor, sendo o Plano de Aula a unidade básica de planeamento e uma forma detalhada e pormenorizada do planeamento do ensino adaptado e aplicado à sala de aula”.
A elaboração de um plano de aula, exige em primeiro lugar, saber o vai ser ensinado, isto é, saber quais os conteúdos por transmitir;Em segundo lugar, imaginar a realidade do aluno de modo adequar a planificação, bem como os conteúdos a transmitir; em terceiro lugar, aquando da transmissão dos conteúdos ter domínio dos mesmo, pois mostra não somente as competências, como também, o conhecimento dos mesmos. Enfim, deve-se ter em conta que a planificação não é o sinonimo de uma boa aula, mas sim, evita muitas das vezes, o improviso.
Assim, o Plano de Auladeve ser um instrumento possível e realista, didacticamente exacto e preciso, de modo a que oriente para o fundamental do processo de ensino e aprendizagem. O seu fundamento assenta não só nas indicações programáticas para a disciplina de Introdução à Filosofia, mas também na análise do contexto escolar em que se insere a turma e das características próprias da mesma, tornando oensino o mais individualizado possível e respeitador dos diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos.
É importante frisar, no Programa de Ensino de Filosofia do II Ciclo está descrito todas as matérias a serem leccionadas, por Unidade Didáctica e por aula. Portanto, Todo oplaneamento da auladeve e teve por base as decisões da Dosificação e do Grupo de disciplina de Filosofia e do material disponível.
Ver Anexos da primeira planificação de aulas feita pelo estagiário.

2.1.1. Unidades Didácticas ou Temáticas

De acordo com Bento (1998: 43), “as unidades didácticas são partes integrantes e fundamentais do programa de uma disciplina pois constituem-se unidades integrais do processo pedagógico e apresentam ao professor e aos alunos etapas bem distintas do processo de ensino e aprendizagem”.
A unidade didáctica possui uma estrutura que se pretende prática e facilitadora da acção educativa, principalmente da prática docente. De salientar que este documento apresenta uma certa plasticidade, podendo ser modificado quando necessário.
Os conteúdos e a estruturação das unidades didácticas são determinados pelos objectivos, indicações de matérias e linhas metodológicas dos programas e do Plano Anual, procurando garantir a sequência lógica e metodológica da matéria e organizar as actividades do professor e dos alunos, regulando e orientando a acção pedagógica ao conferir às diferentes aulas um contributo claro para o desenvolvimento dos alunos (Bento, 1998: 47).

2.2.  Avaliação no Ensino de Filosofia

A avaliação na disciplina de Introdução à Filosofia foi também um ponto constituinte do Plano Analítico. Os momentos, tipos de avaliação (diagnóstica, formativa e sumativa),métodos de avaliação, os critérios de avaliação definidos pelo grupo de Disciplina deFilosofia foram elementos referidos que, como já foi citado, serve de orientador a todos os restantes processos subjacentes.
De acordo com Miguel Zabalzaapud Silva (1996: 152) “avaliar se converteu em avaliar o aluno e acerca deste, apenas algum tipo de aprendizagem e não o seu desenvolvimento global e multidimensional”. No entanto, quase ninguém avalia os meios que utiliza ou as tarefas que se realizam na aula ou as relações de comunicações, ou os conteúdos, inclusive a própria avaliação que dá efeito.
Partindo da opinião segundo a qual ‘se em Filosofia há o que aprender e memorizar, então na pratica de seu ensino há também o que avaliar’. Numa avaliação de filosofia estão implicados pelo menos três aspectos, a saber: ‘o objecto de avaliação’, ‘os critérios da avaliação’ e ‘os instrumentos da avaliação’. O primeiro refere-se ‘às competências’, ‘às habilidades’ (em que medida ou grau foram alcançados).
Segundo Aranha e Martins (2000: 10) afirmam que o que importa na avaliação do trabalho filosófico não é a concordância dos argumentos do aluno com os do professor, mas sim, o adequado atendimento ao tema proposto, a devida coerência e riqueza da exposição, a clareza de ideias, a capacidade e riqueza de argumentação, enfim, a rigorosa fundamentação teórica dos conceitos trabalhados.    

O professor de filosofia não pode avaliar exactamente a compreensão de uma matéria qualquer. Outrossim, Isabel Marnoto (1989: 292) diz-nos que “não é possível a avaliar a consciência que um aluno tem de um certo problema filosófico”, senão recorrendo a estratégias que permitam por em evidência através de textos (escritos ou orais, por exemplo), caso não, correr-se-á o risco de se reduzir a disciplina de filosofia a mera História da Filosofia ou ate mesmo em História das Ideias.
Não há uma avaliação da aprendizagem de conteúdos (sejam estes entendidos como conhecimentos, como capacidades ou outras) que não consista numa avaliação de aquisição de competências. O processo de ensino e aprendizagem e sua avaliação deve ser orientado para a aquisição de competências (COSTA, 2004: 3).           

O processo avaliativo se faz presente em todos os momentos vividos em sala de aula, não havendo dissociação com o cotidiano dos alunos. No entanto, a avaliação deve ser de forma contínua. O aluno está sendo avaliado diariamente no desenvolvimento das actividades em sala de aula e fora desta, através de trabalhos escritos, trabalhos de pesquisa, de participação, de compromisso e entre outros elementos que fazem parte do ensino.
É importante frisar que, não se deve avaliar os alunos, nem conhecimentos (resultados de aprendizagens), mas sim, o seu ‘desenvolvimento de habilidades e capacidades, intencionalidades ou propósitos individuais, expressos na relação pedagógica’. Portanto, não há uma avaliação da aprendizagem de conteúdos que não consista numa avaliação de competências. Os processos de ensino e aprendizagem e sua avaliação devem ser orientados para as aquisições de competências.
Através de uma avaliação de aquisição de competências, os critérios de avaliação passariam do habitual nível subjectivo ligado à filosofia para um nível objectivo, no momento em que se fundamentam nas competências que são delineadas, sem adulterar a natureza da própria filosofia. Portanto, a avaliação dos alunos mais objectiva, se se colocar a ênfase nas competências desenvolvidas pelos alunos.

2.3.            Tipos de Avaliação e sua Oportunidade

Avaliação sendo um processo contínuo, não algo que termina num determinado momento, apesar de ser estabelecido um tempo para a sua realização, através dela o professor recolhe um conjunto de informações do aluno, que lhe permite, por um lado, determinar o grau de consecução dos objectivos, por outro, verificar se estratégias utilizadas estão ou não adequadas, se necessitam de serem modificadas, em fim se a sua educativa vai no bom caminho. No processo de ensino avaliação é desenvolvida em três tipos: diagnostica, formativa e sumativa.

2.3.1.      Avaliação Diagnostica

“Avaliação diagnóstica é aquela que se faz se para verificar o conhecimento, que os alunos têm; pré-requisitos que os alunos apresentam e as particularidades” (Marnoto, 1989: 292). Este tipo de avaliação tem como finalidade o ponto da situação do aluno. Procurando detectar ausência, presença e grau de aptidões necessárias de modo a orientar o aluno para tarefas mais urgentes ou para aquelas que tenha maior capacidade de situar o nível de aprendizagem descobrindo a razão de sucesso e insucesso do aluno, nesta ou naquela matéria ou em todas, indicado o que os alunos deviam ter aprendido e como conseguir uma melhor aprendizagem, levando até a uma organização não atomista das disciplinas.
A avaliação diagnostica tem a função de:
Ø Identificar os alunos com padrão aceitável de conhecimento;
Ø Constatar deficiências em termos de pré-requisitos;
Ø Constatar particularidades.
Ø Encaminha os que não tem padrão aceitável para novas aprendizagens;
Ø Propõe actividades com vista a superar as deficiências;
Ø Individualiza o ensino.
 Este tipo de avaliação realiza-se no começo de uma unidade, semestre ou ano lectivo

2.3.2.      Avaliação Formativa

Não é senão muita atenta e permanente observação. Sua função é regular aprendizagem, por consequente, serve de instrumento e termómetro de aprendizagem, para ajudar o aluno a compreender com cada conteúdo pragmático, permitindo-lhe assim desenvolver seus esforços em sincronização com o professor, para determinar em que medida o ensino está ser bem-sucedido. Em suma, este tipo de avaliação tem como finalidade os seguintes aspectos:
Ø Informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem;
Ø Localizar as deficiências na organização do ensino;

2.3.3.      Avaliação Sumativa

Este tipo de avaliação tem a função classificatória, isto significa que os alunos são classificados no fim de um semestre, ano, curso ou unidade, segundo níveis de aproveitamento. Em outras palavras podemos dizer que avaliação sumativa tem a tarefa de determinar em que medida os alunos atingiram as metas previamente fixadas, traduzindo a avaliação numa classificação, por uma nota qualitativa ou expressa em números: isto faz-se como já se referiu, no final de cada unidade lectiva, período ou ano.
No entanto, para Marnoto (1989:295), “a classificação das varias modalidades da avaliação obdece diversos critérios:  temporal, critério baseado no modo como avalicação decorre, criterio funcional e criterio reflexivo”. E cada forma de avaliacao inseresse num nivel de actividade diferente. Todas elas estao presentesna accao educativa de cada professor e inserem-se em fases diferentes, desempenhando varias funcoes de acordo com os objectivos do processo de ensino e aprendizagem
Criterio temporal - nele encontramos três (3) modos de avaliacao que são:
Ø Inicial ou Diagonostica: sugere a diagonose, pois tem como finalidade conhecer e programar todo o processo de ensino e aprendizagem subsequente.
Ø Processual: assume diversas formas em função dos instrumentos utilizados pelo professor no processo de ensino e aprendizagem.
Ø Terminal:  aprecia os resultados finais da aprendizagem em função dos oobjectivos pre-estabelecido no inicuo desse processo.
Critério baseado no modo como avaliação decorredistinguem-se em dois modosnomeadamente:
Ø Contínua: aquela que reflecte acerca do trabalho realizado ao longo de um ano lectivo ou ciclo, como sendo um todo. Assim sendo, em cada momento de avaliação estarão presentes as aquisições cognitivas, afectivas, psico-motoras e psico-sociais.
Ø Descontínua: aquela que supõe a suspensão das actividades lectivas durante períodos determinados pelo professor, para a realização de testes escritos e pelo ministério da educação para a realização dos exames nacionais.
Critério Funcional – neste critério, distingue-se os seguintes modos:
Ø Formativa: é orientada principalmente para o reajustamento das estratégias utilizada pelo docente com vista, uma correcta definição dos objectivos inicias e de aprendizagem anteriormente pré-definidos.
Ø Sumativa: visa classificar os alunos em função da grelha e, tem um carácter selectivo, permitindo avaliar o sucesso ou insucesso da aprendizagem.
Critério Reflexivo – os modos que aqui pode-se seleccionar são:
Ø A avalização dos Resultados da aprendizagem:centrada no aluno como sujeito dessa mesma aprendizagem, constituindo-se como a forma mais comum de testagem das aquisições que vão sendo realizadas no decorrer dessa aprendizagem.
Ø Avaliação do processo de aprendizagem:centrada na relação professor – aluno, desde a definição dos objectivos do professor; à sua preparação, realização e avaliação.
Ø Avaliação do sistema de ensino e aprendizagem: faz recuar dos resultados de ensino, nomeadamente das falhas aí detectadas, até as causas mais profundas. Por exemplo: causas relacionadas com os objectivos da disciplina, com as condições socioeconómicas da população estudantil, com as dificuldades institucionais existentes.
Ø Avaliação do sistema de avaliação vigente:constitui uma análise sobre as normas segundo as quais se regem o processo de avaliação instituído, limites da sua aplicabilidade, e deficiência da sua aplicação. Por exemplo: as avaliações que decorrem de inadequados instrumentos de avaliação, ou do desconhecimento das normas e princípios gerais e vigentes na actividade da avaliação.
Ver Anexos sobre Testes elaborados e utilizados pelo professor durante o Estágio.


CAPÍTULO III: ACTIVIDADES DE ENSINO E APRENDIZAGEM USADOS DURANTE O ESTÁGIO

Nas primeiras aulas com matérias e situações de aprendizagem diferentes, as instruções iniciais e os balanços eram um pouco mais demorados. Isto para que os alunos compreendessem bem os objectivos e organização das aulas. Segundo a opinião de Jean-Jacques Rousseau  apud Aranha & Martins (2000: 76) afirma que, “a mais importante, a maior e a mais útil regra de toda a educação é não ganhar tempo, mas sim, perde-lo”. Portanto, vale mais assegurar uma boa instrução inicial, onde os alunos entendam exactamente como vai decorrer a aula e o que devem fazer, mesmo que demore algum tempo, pois é tempo que iremosganhar se não estivermos sempre a parar a aula para tirar dúvidas.

3.    Funções Didácticas

As Funções Didácticas são tarefas do processo de ensino relativamente constantes e comuns em todas as matérias. Pois, não há uma sequência fixa e rígida entre elas, dentro de uma etapa se realizam simultaneamente outras. “O trabalho docente é uma actividade intencional e planeada que requer uma certa organização e estruturação de maneira que os objectivos previamente traçados sejam alcançados” (LIBÂNEO 1994:197). Portanto, o sucesso duma aula depende da planificação e dos momentos ou etapas de aula, especialmente:
ü  Introdução e Motivação
A “motivação didacticamente é o processo de incentivo destinado a desencadear impulsos no interior do indivíduo, a fim de predispô-lo a quer participar as actividades escolares oferecidas pelo professor” (NERICE, 1989:75).
Motivação é um factor decisivo no processo de ensino e aprendizagem, não poderá haver processo de ensino e aprendizagem didacticamente aceite se o aluno não estiver motivado, se não estiver disposto, daí que há necessidade de motivá-lo. Motivar o aluno é condição indispensável no processo de ensino e aprendizagem.Esta primeira fase compreende conjunto de actividades que visam a reacção imediata e favorável dos alunos perante os conteúdos. Faz a mobilização (organização do ambiente e ligação de matéria nova em relação a anterior).
ü Domínio e Consolidação
É a fase caracterizada essencialmente pela revisão ou recapitulação da matéria em aula, nesta é preciso que os conhecimentos sejam organizados, fixados, na mente do aluno afim de que estejam disponíveis em aplicá-los em situações concretas. A revisão é fundamental nesta fase, pois, serve para firmar os conhecimentos anteriores e ligá-los aos novos, formando uma estrutura lógica da matéria na mente do aluno.
ü Controlo e Avaliação
Controle e Avaliação é uma função didáctica, que percorre todas as etapas e abrange a consolidação dos vários tipos de actividade do professor e dos alunos no processo de ensino e aprendizagem. É um processo sistemático e contínuo, no decurso do qual se obtém informações e manifestações a cerca do desenvolvimento docente e discente atribuindo-lhes juízos de valores.
Nos primeiros dias de estágio na sala de aula houve em alguns casos o incumprimento das funções didácticas ocasionado por inconsistência no toque de entrada e saída por parte dos funcionários encarregue para tal; a gestão do tempo devido a dificuldade de apreensão dos conteúdos por parte dos alunos, barulho e atraso de entrada dos alunos na sala de aula.
Na tentativa de contornar esta situação comunicou-se aos contínuos para observarem o horário de toques, alguns estagiários passaram a digitar e imprimir apontamentos e distribuí-los aos alunos e verificar os cadernos para comprovar se os alunos passavam os apontamentos.

3.1. Métodos de Ensino: como ensinar e aprender filosofia

Segundo Aranha & Martins (2000: 7) afirmam que devido ao teor da filosofia, não se trata de ensinar simplesmente técnicas intelectuais, nem desenvolver puras habilidades que se acrescentariam de fora ao saber. Portanto, “só é possível adquirir métodos de trabalho emfilosofia se antes for compreendido que o método é inerente à própria filosofia”.
O Método é caminho para se atingir certo objectivo. É o conjunto de meios adequados para realizar objectivos. O professor ao dirigir o processo de ensino e aprendizagem do aluno estimula-o utilizando um conjunto de condições e procedimentos a que se chamam de métodos de ensino tais como:
ü Método Dialógico ou Socrático 
Ao falar na importância do método dialógico para o ensino da filosofia, não poderíamos deixar de fazer referência às raízes da filosofia. Quando falamos em “raízes filosóficas” pretendemos exaltar, mais especificamente, a herança deixada por Sócrates a partir de Platão.
Segundo Dionísio (1952: 26) “o diálogo, com o recurso à ironia, permitia a Sócrates ensinar como se não ensinasse, ele dirigia especulativa e eticamente, sem deixar de ter presente um só momento a intuição de que, o plano mais elevado da cultura do espírito, a cultura se faz por conta própria e inteiro risco pessoal”.
O diálogo socrático consistia numa forma complexa de elevar o espírito do discípulo à contemplação das ideias, após uma prévia limpeza dos obstáculos a essa progressão dialéctica. Importa notar que este procedimento pedagógico supõe o suporte linguístico da comunicação verbal e possui um carácter dinâmico, uma “rítmica” da aprendizagem em que professor e aluno são simultaneamente envolvidos, mas em diferentes níveis.
ü Elaboração Conjunta
Este método é empregue predominantemente quando os alunos têm conhecimento e outros pressupostos para alcançar novos conhecimentos e quando: há meios didácticos que permitem a investigação de assuntos (tema); quando o professor quer repetir e controlar os conhecimentos essenciais; quando os alunos já possuem capacidades de discutir, escutar perfeitamente a pergunta e considerar as opiniões dos outros e os estímulos do professor. Com este método o aluno torna-se o sujeito (é a divisão equitativa das actividades) de conhecimento e não objecto como acontece no expositivo entre o professor e o aluno.A elaboração conjunta “é a forma de interacção activa entre o professor e os alunos, visando a obtenção de novos conhecimentos e convicções já adquiridas” (LIBÂNEO, 1999: 55).
ü Método Expositivo
No Expositivo, os conhecimentos, habilidades, tarefas são apresentados, explicados e demonstrados pelo professor, sendo actividade do aluno, a de apenas receber os conteúdos transmitidos pelo professor. Aqui o professor torna-se o centro do conhecimento “dono da verdade” sábio universal e incomparável e o aluno é simplesmente um objecto. Este método torna a aula monótona e inarticulada pelos alunos. Todavia, representa uma boa possibilidade de apresentar racionalmente conteúdos novos, sobretudo quando: os alunos não têm os pressupostos no assunto a tratar; capacidades, conhecimentos necessários para que possam trabalhar independentes; quando o conteúdo acarreta dificuldades na compreensão da matéria.
ü Método de Trabalho Independente
Como sabemos, a pedagogia moderna põe a tónica no aluno e na sua actividade, valorizando as funções de aprender. Já Kant dizia que o método próprio do ensino da filosofia é “zetético”, ou seja, investigativo. Deve ser, pois, o aluno introduzido na filosofia pela própria análise, pela conceptualização e pelo exercício do seu próprio pensamento sobre as teorias e os problemas.
O mais útil e educativo passa por levar os alunos a aprender a pensar e a criar exigências de um pensamento correto e rigoroso, ou levá-los a aprender os grandes problemas teóricos com que o ser humano se tem deparado ao longo dos tempos e as soluções que para eles foram encontradas.
Na execução das funções didácticas como professor estagiário o autor marcou trabalhos de casa (TPC), trabalhos de pesquisas individuais e em grupos e realização de seminários.

3.2.            Meios de Ensino

Os “meios de ensino são todos os meios materiais utilizados pelo professor e os alunos para organização e condução do processo de ensino e aprendizagem”, postula ainda que, seja qual for a modalidade os meios de ensino incentivam, facilitam ou possibilitam o processo de ensino e aprendizagem. Os meios de ensino, são um conjunto de componentes indispensáveis e necessário para o sucesso e administração duma aula, não se pode orientar uma aula sem o uso de meios de ensino, isto é, não há aula desprovida de meios de ensino, visto que, eles aproximam o aluno da realidade do que se ensina, dão a noção exacta dos fenómenos ou factos estudados para além de motivar a própria aula chegando a concretizar e ilustrar o que se trata verbalmente.


CAPÍTULO IV: EXPERIÊNCIAS ADQUIRIDAS, DIFICULDADES ENCONTRADAS

4.1. Experiência Pessoal e Profissional

O ano de estágio foi fundamental e repleto de experiências tanto a nível pessoal como profissional, realizando-se a passagem do patamar do “ser estudante” para o de “ser professor”. No entanto, o estágio não se fez apenas de experiências originadas por mim, sendo os professores orientadores muito importantes nesta fase, como dr. Gildo Alfandega (docente da cadeira de Estágio Pedagógico) e dr.AbubacarSualehe (o metodólogo).
A nível pessoal, senti-me bastante feliz e mais ao menos realizado apesar dos meus receios iniciais e durante todo o processo de formação, devido as dificuldades enfrentadas, porém deu pra agradecer dizendo à Deus e ao meu esforço.
A experiência e sabedoria do professor orientador permitiu descobrir por mim própria as melhores formas de ensino, orientando-me cuidadosamente em todas as minhas decisões e não impondo qualquer ideia, pois também é importante aprender com os erros cometidos. Assim, considera-se que houve desenvolvimento e aperfeiçoamento das capacidades para a prática pedagógica e descoberta de um estilo pessoal de ensino.

Conclusão

Com a construção deste relatório pude reflectir com mais cuidado e tempo acerca do meu estágio. Naquelas que foram as principais dificuldades sentidas, pensando e delineando estratégias para combater essas dificuldades e superar o meu desempenho naquelas que até correram bem mas podem correr bastante melhor.
Igualmente, a existência de estagiários possibilita uma renovação constante dos conhecimentos, pois quem ensina também aprende, mantendo assim um processo de aprendizagem contínuo e actual, de grande impacto e de grande importância para o meio escolar. Outrossim, partindo da ideia que ninguém nasce ensinado, é preciso praticar e exercitar para se desenvolverem as capacidades necessárias ao papel de docente. Ao proporcionarem, hoje, um bom estágio ao futuro profissional ganham, amanhã, um bom agente de ensino, sendo um grande impacto do estágio no contexto escolar.
Portanto, o Estágio Pedagógico mostrou-se uma excelente oportunidade de aprendizagem ao favorecer a aquisição e desenvolvimento de novos conhecimentos e práticas profissionais, pessoais e sociais. Considero que, ao longo desde processo, cresci muito como pessoa e como profissional, tendo-me tornado uma profissional competente e capaz de agir em qualquer situação.
  

Bibliografia

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COSTA, António Paulo. Avaliação: como avaliar o aprender a (competências) e o aprender que (conteúdos), 2004. 
DIONÍSIO, Sant’anna. A Filosofia como Objecto de Pedagogia. Porto: Seara Nova, 1952. 
ESTRELA, Maria Teresa. Relações Pedagógicas, disciplina e indisciplina na sala de aulas. 4ª Edição, Porto Editora, 2002.
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica Geral. Editora Cortês, São Paulo, 1994.
MARNOTO, Isabel. Didáctica de Filosofia I. Lisboa: Universidade Aberta, 1989.
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NERICE, ImídioGiusepe. Didáctica Geral. Editora, Fundos de Cultura: Brasil Portugal, 1993.
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PACHECO, José Augusto. Currículo: Teoria e Práxis. S/ed., Porto Editora, Porto, 2001.
PROENÇA, Maria Cândida. Didáctica de Historia. S/ed., Universidade Aberta, Lisboa, 1992.
Ribeiro, L. Tipos de Avaliação: Avaliação da Aprendizagem. Lisboa: Texto Editora, 1999.
SILVA, Isabel Medina. A Avaliação no Ensino da Filosofia. Edições Colibri. Lisboa: Universidade Católica, 1996.  














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