Moçambique deve Renascer
Depois da assinatura do Acordo Geral da Paz em Roma, no dia 4 de Outubro de 1992,
Moçambique ainda não
colhe os frutos deste
acordo. Conforme
Sousa e Augusto apud
Chambisse, et al. (2003:171)
"afirmavam que a paz se devia estabelecer entre todos os
moçambicanos".
Para tal, Moçambique precisa de renascer para
alcançar
a unidade nacional, a solidariedade, a paz, assim como o esforço que os moçambicanos devem fazer para o país se tornar na verdade um Estado democrático, unido, em fim, sem o nepotismo.
Para Moçambique
renascer, é preciso inserir todo o cidadão nacional como sujeito no cenário
global, o governo a partir das particularidades de recursos geoestratégicos de cada província
pudessem unir os interesses nacionais na construção de um Moçambique melhor, ou
seja, num
Moçambique onde
cada província participasse na decisão do destino
do Estado moçambicano.
Pois, o que se tem verificado segundo alguns cidadãos entrevistados,
afirmam que
Moçambique é somente Maputo.
Para o efectivo renascimento
moçambicano, importa salientar a existência de solidariedade e cooperação das províncias e dos indivíduos.
A abolição definitiva de uso de forças para a resolução
dos conflitos
internos (exemplo claros e concreto, são os acontecimentos últimos
ocorridos no mês de Abril em Muxungue, província de Sofala perpetrados pelos homens da RENAMO), pois faz mal a população inocente. Todos os tratados que serão feitos devem ser
pelos interesses da colectividade e não pelo bem individual.
Devemos associar-nos ao renascimento moçambicano, pois somos beneficiários do bem mais precioso a paz. É necessário renascer mentalmente com o fim último da unidade
nacional, diálogo, justiça, enfim, gentes de paz.
Com o processo de alternância de poder prestes a ocorrer, quero referir-me das eleições autárquicas de 20 de Novembro de 2013 e das gerais em 2014 com ascensão de novos indivíduos independentemente dos seus partidos, devem preconizar os interesses ligados ao
bem
Estado, assim como à sociedade em geral. Para tal, esses cidadãos
devem renascer
mentalmente para uma boa governação, não olhando o que outro fazia em plena liderança, mas sim, mostrando criatividade.
Moçambique, não recusa o desenvolvimento. Mas deseja uma coisa diferente do crescimento de uma cultura, de uma modernidade alienante que constrói os valores fundamentais e direitos da tradição moçambicana. O Renascimento moçambicano representa um grandioso
fenómeno de regeneração e de reforma espiritual, onde neste contexto vem significar uma
revivescência às origens, renascer aos princípios autênticos a um novo
espírito vivificador.
O renascimento
moçambicano virá de nós mesmo e não dos políticos,
não
será um dom caído do céu, mas uma conquista que vem debaixo. Tanto mais se a política continuar a ser vivida
como instrumento de conquista do poderem prol do bem comum. Num contexto de ausência
de regras éticas e de visão política no sentido mais amplo e nobre
do termo, só quem tiver a coragem das suas ideias e das suas acções, quem souber traduzir
a utopia da sobrevivência em
projecto de vida poderá
criar as condições que possibilitem um autêntico renascer
moçambicano.
O renascimento
moçambicano, estou certo disso há-de acontecer. O seu parto não será fácil e
não
será nos luxuosos palácios do poder. Acontecerá mais provavelmente nas miseráveis
publicações de obras desta natureza entre outras formas, mas, estou certo, há-de acontecer.
Com a greve dos médicos que se verificou
no dia 20 de Maio 2013
e,
tendo feito três semanas
após o seu inicio, são exemplos claros que provam o dever de Moçambique renascer o
mais rápido possível. Ora, se hoje temos como acontecimentos claros perpetrados pela RENAMO, e
ainda verificamos a greve dos médicos. Portanto, se a política nacional do país não alterar, causas possíveis nesta bela
pátria poderá existir um grupo de rebeldes e consequentemente um golpe de Estado.
Escrito por: Sílvio Almirante. Setembro, 2013.
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